Por Marcela Cornelli
A votação em primeiro turno da Reforma da Previdência só deve ser realizada no final da tarde ou início da noite de hoje. Por enquanto, os senadores se revezam na tribuna do plenário para discutir a proposta em votação. Até o momento, dos 44 inscritos, apenas 21 já se manifestaram a respeito da reforma. Pelo regimento do Senado, cada parlamentar tem direito de discutir a matéria por até cinco minutos. No entanto, os oradores não estão respeitando as regras. Em média, cada senador usou 10 minutos para falar sobre a reforma.
A maioria dos senadores tem criticado a proposta. Os poucos que até agora defenderam a reforma são da base aliada, como o senador Maguito Vilela (PMDB-GO) e Ney Suassuna (PMDB-PB). Suassuna confirmou que seu partido votará a favor do texto principal da reforma para garantir a governabilidade. “É preciso fazer o possível, já que neste momento não dá para fazer o ideal”, disse. Suassuna lembrou que o PMDB ainda quer discutir pontos importantes da reforma como paridade, regras de transição e redutor de pensões, além do subteto.
Os oposicionistas se alternam em discursos duros contra a reforma. O dissidente Sérgio Cabral (PMDB-RJ) afirmou que, ao aprovar a reforma, os senadores estarão cometendo “uma profunda injustiça contra os mais humildes do país, que necessitam dos serviços públicos”.
O tucano Leonel Pavan (SC) disse que votará contra a reforma porque, na sua opinião, uma reforma deve ser feita para melhorar e não piorar a vida das pessoas.
Embora o placar do painel eletrônico do plenário do Senado confirme a presença dos 81 senadores, menos de 20 estão no plenário ouvindo as ponderações dos colegas parlamentares. Nenhum dos líderes da base aliada ou da oposição está no plenário neste momento, nem tampouco o relator Tião Viana (PT-AC).
Fonte: Agência Brasil