O número de crianças que deveriam estar na educação primária mas ainda estão fora da escola diminuiu entre 1999 e 2004 em torno de 21 milhões, sendo atualmente de 77 milhões no mundo inteiro. Apesar da queda, o número ainda é considerado alto e inaceitável. O ensino na primeira infância é o tema do Relatório do Monitoramento Global Educação para Todos 2007 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que será divulgado hoje (26), em Brasília.
A África Subsaariana, o Sul e Oeste da Ásia são as regiões com a maior concentração de crianças fora da escola, segundo a Unesco. Dois fatores são comuns a essas crianças: moram em área rural e suas mães têm baixa escolaridade.
“Os governos precisam urgentemente identificar os grupos de crianças com maior probabilidade de nunca se matricularem na escola, bem como aquelas que a abandonam”, adverte o relatório da Unesco.
Para aumentar o nível educacional das crianças, a Unesco sugere a abolição das taxas escolares, o aumento da renda dos lares pobres para minimizar os riscos de trabalho infantil e o ensino da língua materna para assegurar a educação à crianças deficientes e com HIV/Aids.
A falta de professores qualificados também é apontado pelo relatório com um sério entrave à universalização do ensino primário. Somente a África Subsaariana, segundo a Unesco, necessita de 2,4 a 4 milhões de novos professores.
O lançamento do relatório coincide com a Semana de Educação para Todos. Este ano, o objetivo é chamar a atenção do mundo para a meta assumida no Fórum Mundial de Educação em Dakar (Senegal, 2000), de reduzir pela metade o número de analfabetos até 2015.
Fonte: Agência Brasil (Irene Lôbo)