Por Marcela Cornelli
O III Tribunal Popular do Assédio Moral e Sexual nas Relações de Trabalho acontece neste dia 5 de março, sexta-feira, no Largo da Alfândega, a partir das 17h30min.
O evento, promovido por sindicatos, entre eles o SINTRAJUSC, e movimentos populares, tem o objetivo de tornar mais conhecido aquilo que a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras vivenciam no seu dia-a-dia, embora não saiba que se trata de uma violência que precisa ser denunciada.
Situações de assédio moral são bastante comuns no trabalho mas, por medo ou vergonha, as pessoas acabam achando que serem humilhadas, violentadas e torturadas moralmente seja uma coisa natural. “O que queremos é justamente des-naturalizar o assédio. Casos de humilhação e violência não podem ser vistos como coisa normal. É preciso denunciar e lutar para que os assediadores sejam punidos”, diz Luiz Pequeno, um dos organizadores.
Desde o primeiro tribunal, o tema tem sido bastante debatido na Capital e casos de assédio têm vindo à tona. Tanto no primeiro como no segundo evento, se verificou que a maioria das pessoas já passou por uma caso assim, e há um desejo imenso de dividir e compartilhar a dor.
O III Tribunal começa às 17h30min, no Largo da Alfândega, com apresentação de três casos de assédio moral e um caso de assédio sexual. Depois, haverá a defesa do assédio feita pela advogada Rosângela de Souza. A acusação será realizada pelo vereador Nildomar Freire, o Nildão. O júri será composto por populares presentes. A seguir, a programação inclui palestra com a médica do trabalho de São Paulo Margarida Barreto, que publicou pela Educ/Fasesp o livro Violência, Saúde e Trabalho: Uma Jornada de Humilhações. Ela descobriu que 42% dos trabalhadores ouvidos em 97 empresas passaram por humilhações. O tribunal será presidido pelo também médico Roberto Ruiz.
Fonte: Site Tribunal Popular do Assédio Moral