Por Marcela Cornelli
O acordo que permitirá a tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC) paralela ainda neste ano depende do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini. As propostas apresentadas pela oposição para as regras de transição, paridade, subteto e contribuição de inativos serão levadas ao ministro, na tarde desta terça-feira, pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Se houver concordância do governo, a oposição aceitará a redução dos prazos regimentais para a votação da PEC paralela ainda em dezembro.
“Até agora, Berzoini foi duro e inflexível, e agora esperamos uma postura diferente”, afirmou o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN). Caso o governo concorde com a proposta dos líderes, a PEC paralela será votada amanhã na Comissão de Constituição e Justiça e, após a votação em segundo turno da reforma da Previdência, será votada no plenário.
Apesar de o governo não ter cedido em nenhuma proposta apresentada pela oposição durante a tramitação da reforma da Previdência, o líder do PT no senado, Tião Viana (AC), acredita que, desta vez, o ministro Berzoini vai aceitar negociar.
“A expectativa é boa. Tem que haver bom senso, inclusive do governo, porque a PEC paralela é um aperfeiçoamento e quem for contra estará prejudicando a sociedade”, afirmou Viana.
Fonte: BBC Brasil