Por Janice Miranda
Segundo o DIAP, a reforma da Previdência deve começar a ser discutida no Senado nesta terça-feira, dia 2/9. A PEC 40 que chegou ao Senado na última quinta-feira pode sofrer alterações, conforme declarações do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP) e de integrantes da bancada de oposição ao governo. O relator da matéria, senador Tião Viana (PT-AC), é o líder do PT na Casa e afirmou que deverá ser endossada a proposta aprovada na Câmara, mas seu colega de partido, o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (RS), declarou à imprensa que conta com o apoio de cinco dos 14 senadores petistas para tentar promover mudanças na reforma da Previdência. Paim destacou pelo menos dois pontos que, em sua opinião, precisam ser modificados: a cobrança de contribuição dos aposentados e as regras de transição para os atuais servidores. No caso da taxação dos aposentados, ele pretende ampliar o limite de isenção da cobrança, de R$ 1.440,00 para R$ 2.400.
Para o assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Augusto Queiroz (Toninho,) a obtenção de mudanças no Senado dependerá da capacidade de mobilização dos servidores e de amplo trabalho de convencimento sobre as injustiças inseridas na PEC 40. Queiroz ressaltou que a intenção do governo é aprovar e promulgar a reforma da Previdência no período mais curto possível, e uma das armas para obter esta vitória é a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A possibilidade de alteração é inversamente proporcional à popularidade do presidente Lula”, alertou. Ele, porém, reforçou a necessidade de os servidores se organizarem e utilizarem argumentos técnicos com os senadores, além de pressionar as bases pela luta contra a PEC 40.
Da Redação com informações da UNAFISCO e do DIAP