Hoje (08/05), o Supremo Tribunal Federal reconfirmou para sexta-feira (09/05), às 15 horas, a primeira reunião da mesa de negociação, composta por representantes dos tribunais e conselhos superiores, por um lado, e de servidores do Judiciário Federal, por outro. A confirmação foi feita por meio de um telefonema do diretor-geral do STF, Miguel Fonseca, para o coordenador geral da Fenajufe, Adilson Rodrigues, que será um dos representantes da Federação na reunião. A comissão da Fenajufe terá ainda a participação dos coordenadores Cledo Vieira, Eugênia Lacerda e Roberto Ponciano.
Uma das primeiras preocupações da Fenajufe já para o início dos trabalhos da mesa é com relação ao prazo para a conclusão das negociações, principalmente pela necessidade urgente de recuperação das perdas salariais, que chegam a 50,47% de janeiro de 2006 a dezembro de 2013, segundo índices do Dieese. Além disso, a Fenajufe vai defender na mesa a pauta de reivindicações de interesse do conjunto da categoria, que foi apresentada em meados do ano passado e que contempla, além da atualização de salários, a manutenção e ampliação de direitos e melhoria nas condições de trabalho.
Mobilização é fundamental
A reunião acontece na semana em que os servidores públicos federais realizaram manifestações em Brasília, com participação de representantes de sindicatos da base da Fenajufe. Além disso, há servidores federais de várias categorias em greve ou com indicativo de paralisação para breve. No Judiciário Federal, estão em greve servidores da Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo que sindicatos de vários outros estados estão realizando paralisações parciais, assembleias, reuniões por local de trabalho, atos, entre outros, com o intuito de intensificar a mobilização para poder deflagrar a greve.
Sem dúvida, a pressão dos servidores é fundamental para que esta mesa de negociação alcance resultados positivos para toda a categoria. Exemplo disso é que, apesar de passados nove meses desde que a Fenajufe reivindicou sua realização, esta primeira reunião da mesa foi marcada graças à pressão exercida no STF pela mobilização dos servidores, principalmente o ato realizado em frente ao STF, no dia 2 de abril. Na ocasião, servidores do Judiciário Federal cobraram resposta à pauta de reivindicações e protestaram contra a ameaça de fragmentação da carreira.
Por Eduardo Wendhausen Ramos