O que era para ser um debate transformou-se num ensurdecedor coro de vaias e de apitos. Assim foi a entrada no plenário Franco Montoro, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, quarta-feira (11), do ministro da Educação, Tarso Genro. Convidado pela liderança do PT para conferir uma palestra sobre democratização do acesso à universidade, Genro não conseguiu falar. Ou melhor, falou, mas não foi ouvido. O evento, que pretendia marcar o anúncio pela bancada estadual do partido de um projeto instituindo um sistema de cotas para alunos oriundos da rede estadual de ensino e para afrodescendentes nas universidades paulistas, se transformou num grande protesto em defesa do ensino público. Os manifestantes, representantes da direção da UNE e de mais de uma dezena de executivas de cursos, de professores e funcionários, afirmaram que, já que não teriam direito à fala no debate, não permitiriam que o ministro se expressasse. Em resposta, Genro chamou os estudantes de fascistas. (Fonte: Agência Carta Maior)