A maior e mais rica democracia do planeta, os Estados Unidos, passou a namorar desde o ano passado a idéia de que uma democracia famosa pelo envolvimento de seus políticos com corrupção, vulgo Brasil, até que dispunha de um bom e famoso sistema de votação eletrônica. A idéia de boa parcela dos EUA começou a murchar, recentemente.
“O Brennan Center está divulgando um estudo analisando as vulnerabilidades na segurança do sistema de votação eletrônica. Segundo o estudo, os três sistemas existentes no mundo colocam em perigo real a integridade de nações, estados e de eleições municipais”, diz o consultor Eric Sinrod, colunista do site Find Law.
De acordo com o Brennan Center, algumas dessas vulnerabilidades “podem ser substancialmente remediadas, caso algumas contramedidas sejam adotadas”. O estudo considera que o sistema de votação eletrônica pode sofrer ataques preocupantes.
Os três sistemas analisados foram: o Direct Recording Electronic (DRE), em que as opções de voto aparecem na tela; o DRE com o sistema adicional Voter Verified Paper Trail (DRE w/VVPT), que além de registrar eletronicamente o voto emite um comprovante; e o Precinct Count Optical Scan (PCOS), que permite ao eleitor marcar seu voto num papel, a lápis ou caneta, e depois conduzir esse voto para um aparelho de scanner.
Nos três tipos de programa, afirma Eric Sinrod, os ataques ao software não são difíceis. Além disso, máquinas de votação sem fio, as wireless, são mais propensas a sofrer os ataques. Por isso, só em Nova York e Minnesota há tais máquinas sem fio.
O Brennan Center sugere auditagens de rotina, a todo o momento, para verificar as votações. Também deve haver o teste paralelo, que de maneira seletiva teste algumas máquinas, no dia das eleições, em busca de eventuais indícios de um ataque. Além disso, sustenta o estudo, “mais e mais estados devem banir a votação por sistemas wireless”.
Fonte: Revista Consultor Jurídico (Cláudio Julio Tognolli)