Sintrajusc participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e das Empresas Públicas e de Audiência em defesa da Celesc Pública

A coordenadora do Sintrajusc Maria José Olegário representou o Sindicato no lançamento, nesta quarta-feira (9) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e das Empresas Públicas. Na sequência, foi realizada audiência pública para debater a “Celesc Pública”.

A audiência cobrou a direção da concessionária para que ela seja conduzida como uma empresa pública, ou seja, que tenha como prioridade sempre um melhor atendimento à população catarinense, com investimentos em mão de obra própria, frota renovada, equipamentos de segurança em número suficiente e investimentos que gerem retorno aos consumidores de Santa Catarina. O Sinergia, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região, denuncia que já há terceirização em diversas áreas, com falta de investimento em renovação de frota de maneira adequada, o que vem permitindo queda na qualidade dos serviços. Com a falta de contratações, trabalhadoras e trabalhadores estão adoecendo em função do excesso de trabalho. O atual presidente da empresa, Tarcísio Estefano Rosa, foi indicado pelo governador Jorginho Mello (PL).

Conforme o proponente da audiência, o deputado Fabiano da Luz (PT), o objetivo da audiência foi ressaltar a importância da manutenção da Celesc como empresa pública estadual, afastando ameaças de privatização. “Temos que manter essa empresa que detém o que é essencial para o ser humano, como energia, que ela seja nosso patrimônio, mantido como algo de todos os catarinenses”, comentou o parlamentar.

Presentes na audiência, o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, o secretário de Estado da Casa Civil, Keneddy Nunes, e o líder do governo na Alesc, Ivan Naatz, afirmaram que o governador Jorginho não tem a intenção de privatizar a Celesc, mas defenderam a política de terceirização em curso e o modelo de gestão vigente na empresa.

Para Maria José, a audiência foi relevante na medida em que informações acerca do aumento das terceirizações, a falta de investimentos na frota e em equipamentos de segurança na empresa, somados à ausência de novas contratações de funcionários concursados, sinalizam a hipótese de privatização em um futuro nem tão distante assim: “Os ataques aos serviços públicos nos entes federativos estão ocorrendo de forma avassaladora na medida em que os estados, comprometidos com a especulação do mercado, entregam empresas públicas a preços vis, com retorno de serviços de péssima qualidade e preços exorbitantes pagos pela população”. Ela destaca que a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e das Empresas Públicas iniciou com 6 deputados e atualmente conta com 14.

Com informações da Alesc e do Sinergia. Foto: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL