O risco à saúde dos servidores e o prejuízo ao patrimônio público foram os temas da reunião desta terça-feira, 14, entre diretores do Sintrajusc e a direção-geral do TRT. Pelo sindicato, participaram o coordenador-geral Robak Barros e a diretora Denise Zavarize, além do representante dos servidores das Varas do Trabalho, Guido Mannes. As obras no prédio das Varas, que tinham previsão para terminar no final de janeiro, sofreram uma prorrogação, com nova previsão de término para o dia 24 de fevereiro, mas devem ter o prazo dilatado mais uma vez, em função das chuvas, segundo a direção-geral.
O coordenador do Sintrajusc, Robak Barros, alertado por servidores que não conseguem trabalhar direito em função do barulho, da poeira e dos riscos à segurança, levou para a reunião fotos das obras, feitas pelo Sindicato, com situações de risco para servidores e usuários, como entulhos que não foram retirados das janelas, e que podem cair, machucando servidores ou usuários, materiais deixados em locais perigosos – uma marreta descansava no beiral da parede do último andar, podendo cair e provocar um acidente grave –, telas de proteção rasgadas, vidro quebrado por material que caiu das obras, no térreo, entre outras irregularidades. A direção-geral informou que várias reclamações apresentadas pelos representantes do Sindicato já haviam sido constatadas, e que providências estavam sendo adotadas, mas reconheceu que depende dos relatos dos servidores em algumas situações, como a da marreta, para tomar as medidas necessárias.
Distribuição
Durante a reunião, a diretora Marta Seara chamou a atenção da direção-geral para os problemas enfrentados pelos servidores da Distribuição das Varas do Trabalho. Segundo ela, há aumento da demanda sem o correspondente aumento do número de servidores. São cinco servidores na Distribuição das Varas, que nem sempre estão disponíveis, em função de problemas de saúde muitas vezes provocados pelo acúmulo de serviço. Além da falta de servidores, a diretora também voltou a lembrar o problema da falta de espaço, que poderá ser agravado com a nomeação de novos servidores. O diretor-geral não soube informar se as nomeações aguardadas para as Varas contemplam a Distribuição.
Pauta dupla
A diretora Denize Zavarize aproveitou a oportunidade para trazer à discussão um dos temas que mais preocupa os servidores, que é a sobrecarga de trabalho, com a jornada dupla, principalmente dos assistentes de audiências, e a possibilidade de ocorrência de doenças, principalmente LER. A diretora voltou a lembrar que a redução de jornada para seis horas, reclamada pelos servidores, seria uma solução, não para diminuir a carga dos servidores, que atualmente trabalham mais do que as sete horas normais, mas para possibilitar a realização de dois turnos, sem sobrecarregar os servidores e garantindo a prestação jurisdicional para a população. O Sintrajusc realizará levantamento dos locais em que está sendo adotada a pauta dupla, para encaminhar uma solução para o problema.