Coletiva de imprensa irá apresentar a situação real da categoria e dos hospitais públicos do Estado
Hoje (28), às 15h30, o SindSaúde realiza coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na Capital. O objetivo é esclarecer os motivos que levaram a categoria da saúde pública do Estado a decretar greve, que inicia a partir do dia 3 de novembro, próxima terça-feira. E como funcionarão os serviços nos hospitais públicos durante a paralisação.
No último dia 21 de outubro, em assembleia geral, que contou com a participação de mais de 700 servidores públicos da saúde, a proposta emitida pela Secretaria de Estado da Saúde, na qual propõe percentual de 16,78% sob forma de abono foi rejeitada pelos presentes. Há mais de três anos, tempo que o Governo do Estado não cumpre o artigo 100 da lei n 323/06 referente ao Plano de Carreira e Vencimentos, que garante a revisão anual dos salários, a categoria tendo como representante legal o SindSaúde tentou negociar de forma pacífica com a Secretaria de Saúde. Foram anos de espera, a SES mal se pronunciou neste período, e só se deu conta realmente da gravidade da situação quando os próprios servidores da saúde decretaram ESTADO DE GREVE. Agora se ouve falar do empenho da mesma para encontrar uma saída conciliadora. Três anos não foram suficientes para resolver o impasse?
Nenhum ponto da pauta de reivindicação foi atendido, esta que foi entregue milhares de vezes à SES. Os servidores pedem reajuste salarial de 16,78%, não querem o abono. Com a conquista do Plano de Carreira e Vencimentos, um dos pontos importantes foi justamente a eliminação dos penduricalhos no vencimento e a valorização do piso. Aceitar o abono é retroceder na conquista. O auxílio alimentação também está congelado desde a sua criação (2001). E a aposentadoria especial também é um direito da categoria, que lidera em índices de acidentes de trabalho e afastamentos por doenças. A qualidade do serviço público também é bandeira de luta da saúde.
É importante destacar que todas as ações e decisões até agora tomadas foram deliberadas com a presença dos servidores em assembleia geral da saúde. Só neste ano foram realizadas quatro, fora as que aconteceram nos locais de trabalhos, atos para chamar a atenção do Governo, mobilizações e comunicados à população. A documentação de tentativa de negociação com o Governo do Estado é extensa e prova mais uma vez que a decisão não foi tomada às pressas. A greve é o último recurso da saúde, que tenta há anos uma solução pacífica na mesa de negociação com a SES.
Fonte: SindSaúde