A semana que se encerra foi marcada por uma série de atividades de mobilização, nos estados e em Brasília, em defesa dos projetos que revisam os planos de cargos e salários e contra as propostas, em tramitação no Congresso Nacional, que atacam diretamente os servidores públicos. Atendendo ao chamado da Fenajufe, em vários estados foram promovidas manifestações nos locais de trabalho, assembleias e até paralisações na terça-feira, 12 de abril. Em outros, o sindicato optou por enviar representantes a Brasília, no dia 13, para participar do ato unificado do funcionalismo público, promovida por três centrais sindicais [CUT, CTB e CSP/Conlutas] e pelas entidades nacionais, entre as quais a Fenajufe. Tudo isso como parte da Jornada Nacional de Lutas, aprovada na última reunião ampliada da Fenajufe.
O desafio agora, segundo avaliam os coordenadores da Fenajufe de plantão esta semana, é aumentar ainda mais as mobilizações e preparar a categoria para a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir de 3 de maio.
Segundo levantamento feito pela Fenajufe, a partir de informações enviadas pelos próprios sindicatos, poucos estados conseguiram paralisar as atividades por algum período ou realizaram atos, reunindo os servidores de todos os ramos do Judiciário Federal e do MPU. Nesse sentido, os coordenadores da Fenajufe alertam que é fundamental que nas próximas semanas todo o esforço seja voltado para a conscientização dos servidores sobre a urgência de um movimento mais forte para pressionar as cúpulas do Judiciário e do MPU a negociarem a previsão orçamentária com o governo federal. E, para eles, somente uma greve forte e unificada, em todo o país, será capaz de “arrancar” as negociações, uma vez que quatro meses já se passaram do ano de 2011 e até o momento não houve qualquer avanço nas negociações.
“Nós sabemos bem o que um movimento forte e unificado é capaz de conquistar para os trabalhadores. Essa semana tivemos uma prova disso, quando conseguimos garantir a retirada de pauta, na Comissão de Trabalho, do projeto que implementa a previdência complementar no serviço público. Além disso, a nossa pressão permitiu que a ministra do Planejamento recebesse as entidades do funcionalismo público no momento do ato unificado no dia 13. Agora, o nosso desafio é aumentar ainda mais as mobilizações nos próximos dias para conseguirmos uma greve forte em todo o país já no início de maio”, orienta Antônio Melquíades [Melqui], um dos coordenadores de plantão esta semana.
Na avaliação do coordenador Jean Loiola, as atividades dessa semana foram importantes para retomar, no seio da categoria, o debate sobre a importância da luta em defesa aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. No entanto, ele acredita que ainda é preciso um maior envolvimento de todos, para que as mobilizações cresçam nos estados e no Distrito Federal. “A participação dos sindicatos na Jornada de Lutas e no ato em Brasília sem dúvida foi bastante positiva, mas precisamos de mais engajamento dos colegas. Além disso, reforço a orientação da Fenajufe para que os sindicatos realizem assembleias, até o dia 27 de abril, avaliem com a base o nível de mobilização e discutam o indicativo de greve a partir do dia 3 de maio”, afirma Jean, lembrando que o resultado das assembleias e a avaliação dos sindicatos serão objetivo de debate da próxima reunião ampliada da Fenajufe, marcada para 30 de abril.
Da Fenajufe – Leonor Costa