A coordenadora do Sintrajusc Lusmarina da Silva participou nesta terça-feira (5), em Florianópolis, da plenária das Centrais Sindicais (CSP-Conlutas, Intersindical, CUT e CTB) e do DIEESE para organizar a luta contra a reforma da Previdência que, em linhas gerais apresentadas ontem, é ainda pior do que aquela proposta pelo ex-presidente Michel Temer. O auditório lotou e várias falas destacaram a necessidade de unidade para barrar a reforma, tendo com principal encaminhamento a construção de Greve Geral.
A imprensa antecipou ontem minuta com pontos da reforma, que ainda não é oficial, ou seja, não foi formalmente apresentada ao Congresso, com membros do governo afirmando que os moldes serão outros. Mas, pelo que foi noticiado, em linhas gerais a proposta foca em aumentar a idade e o tempo de contribuição e implantar o chamado regime de capitalização, uma espécie de poupança que o próprio trabalhador faz para ter a aposentadoria no futuro. O regime atual é o de repartição, pelo qual o trabalhador ativo paga os benefícios de quem está aposentado. O Chile adotou o sistema de capitalização durante o regime militar, nos anos 1980. Hoje, cerca de 80% dos aposentados daquele país recebem menos de um salário mínimo (US$ 424) de benefício e quase metade (44%) está abaixo da linha da pobreza. Isso porque quem gere o sistema é o mercado financeiro, onde o que impera é a busca do lucro.
O Sintrajusc está acompanhando de perto toda a discussão para em breve convocar a categoria para mais essa luta, da qual depende o nosso futuro e o de nossas famílias.