Para que serve a Comissão Interdisciplinar do TRT? Esta é a pergunta que os servidores farão para a presidente do Tribunal, em audiência com data que será definida ainda esta semana. A convicção é de que a comissão não está servindo ao propósito para o qual foi criada, ou seja, dar transparência às decisões da administração do Tribunal e acatar os pontos de vista dos servidores nas decisões que os atingem diretamente, já que uma comissão de juízes do Tribunal é que está dando as cartas na administração. Os acontecimentos dos últimos tempos – retirada de FCs de Oficiais de Justiça, ampliação da carga horária dos odontólogos, tratamento desigual na questão do desvio de função e outras decisões, que não passaram pela Comissão – mostraram que a verdadeira administração do Tribunal está pouco ligando para a vontade dos servidores, além de outros segmentos que integram a comissão, como a Amatra e a Ajute.
Na assembléia setorial desta terça-feira, 16, os servidores estabeleceram uma estratégia para cobrar da Presidência uma posição a respeito do papel da Comissão. Se não houver mais papel a ser cumprido, os servidores não vêem mais sentido em continuar a participar da Comissão. Contatos serão feitos com a Amatra e com a Ajute para discutir a situação atual. Uma comissão de servidores foi definida para participar da audiência com a presidente do TRT e também para percorrer os gabinetes dos juízes que atuam no Tribunal. Esses juízes integram o Pleno do TRT, responsável pela aprovação de algumas das medidas mais criticadas pelos servidores.
Paralelamente a essas ações, os servidores estudam também a entrada de recurso administrativo para exigir do Pleno do Tribunal uma posição a respeito das ações que estão sendo implementadas no TRT. O Sintrajusc e os servidores entendem que as atitudes do TRT são políticas, dependem da vontade política dos juízes. E já que dependem da vontade dos juízes, também podem ser favoráveis aos servidores. Por enquanto, só têm sido contrárias. Mas os servidores estão reagindo. A reunião de ontem foi uma prévia do que pode vir pela frente. A união e a mobilização dos servidores do TRT é que podem fazer a diferença na hora de cobrar da administração do Tribunal a revisão de várias decisões prejudiciais aos servidores.
A ação decidida dos servidores é que pode mudar as práticas no TRT!
Servidores preparam participação no Dia Nacional de Mobilização
Os servidores do TRT aprovaram ontem a realização de uma assembléia estadual no dia 29 de agosto para discutir a participação no Dia Nacional de Mobilização chamada pela Fenajufe para o dia 30 de agosto. Na semana do dia 22 a 26, a diretoria do Sintrajusc realiza várias viagens para o interior do Estado, preparando a assembléia do dia 29.
No dia 30, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, comprometeu-se a encaminhar o anteprojeto do Plano de Cargos e Salários (PCS) para o Congresso Nacional. Após a realização da mobilização desta data, os servidores realizam rodadas de assembléias em todo o País até o dia 2 de setembro, avaliando o ato e preparando a participação na reunião ampliada do dia 3 de setembro. Na reunião ampliada do dia 11 de agosto, em Brasília, os participantes aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 13 de setembro se o PCS não for enviado ao Congresso, o que deverá ser discutido na reunião ampliada do dia 3.