Preocupados com a limitação referente ao gasto de pessoal do funcionalismo público, previsto na proposta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentada há três semanas pelo governo federal, as entidades sindicais dos servidores estão preparando uma série de atividades para garantir mudanças no plano. O objetivo das entidades é começar na próxima semana pressões no Congresso Nacional para tentar ganhar apoio dos parlamentares em defesa das alterações que deverão propor.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) fecha nesta semana um documento criticando a parte do PAC que trata dos funcionários públicos. A idéia é distribuir a carta entre os deputados e senadores, segundo o diretor da Condsef, Josemilton Costa. “Vamos elaborar um texto e depois vamos ao Congresso. A proposta do governo engessa as despesas de pessoal”, afirma. Entre as medidas do PAC, o governo anunciou que as folhas de pagamento dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo serão reajustadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e ganho real de apenas 1,5% até 2016.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), junto com a Condsef, apresentou pedido de audiência com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para negociar melhores condições para os servidores públicos. “Vamos trabalhar em duas frentes: realizar um estudo para mostrar ao governo os efeitos do congelamento dos salários e tentar negociar um plano de carreira para todo o serviço público. Um piso para a categoria e uma tabela unificando os salários para os diversos níveis de escolaridade”, afirma a diretoria da Central.
Fonte: Fenajufe, com Panoramabrasil