Os servidores do Judiciário Federal estão em estado de Greve, com indicativo para que todos os sindicatos estejam em Greve até o dia 29 de abril. Nesta quinta-feira (20/03), a Fenajufe realizou sua segunda Reunião Ampliada de 2014, em Brasília. Foi marcado um Ato nacional no STF para o dia 2 de abril contra o projeto que cria carreira própria exclusivamente para os servidores do Supremo e para cobrar a pauta de reivindicações do conjunto dos servidores do Judiciário Federal.
A Reunião Ampliada foi atravessada por polêmicas com alguns dirigentes (principalmente do Rio de Janeiro, Espírito Santo e parcela minoritária da delegação do Rio Grande do Sul), querendo ressuscitar o PL 6613 (PCS4) como principal eixo da nossa Campanha 2014. A ampla maioria da reunião refutou essa proposta por entender que sozinhos não temos força para vencer o governo Dilma/PT no Congresso e acabaremos no mesmo impasse de 2012.
A maioria dos delegados reafirmou que o caminho para derrotar a política de arrocho salarial do governo Dilma é construir a luta unificada com as demais categorias do funcionalismo federal e impor a data-base (revisão anual dos salários), a recuperação das perdas históricas, que já passam dos 36%, e antecipação da ultima parcela dos 15,8% (que, no nosso caso, é o pagamento imediato da parcela da GAJ de 2015).
Ato no dia 2
A Reunião Ampliada também se colocou contra a tentativa de criação de uma carreira separada para os servidores do STF. Foi marcado Ato na frente do Supremo no dia 2 de abril. A ideia é pressionar o ministro Joaquim Barbosa para não enviar qualquer projeto neste sentido para o Congresso.
De qualquer forma, avalia o Coordenador do SINTRAJUSC, Sérgio Murilo de Souza, que representou SC na Reunião Ampliada, o projeto teria que tramitar e ser aprovado no Congresso Nacional, o que não é nada fácil por causa da política do governo de não fazer concessão a qualquer categoria isolada, além do que os parlamentares são mais pressionados pelos servidores dos seus estados do que por um grupo de colegas só de Brasília.
Foi aprovado estado de Greve e indicativo para que, até 29 de abril, os estados estejam em Greve pela política de reposição salarial! “Por fim quero reafirmar a necessidade de aproveitarmos o fato de, em 2014, termos, além da Copa, as eleições gerais, e que uma campanha unificada com o conjunto do funcionalismo federal nos dá muito poder de fogo contra o governo e torna possível conquistarmos a recuperação das perdas e política salarial (data base)”, diz Sérgio.
Vale observar que os colegas da Justiça Estadual historicamente tinham salários menores do que os do Judiciário Federal e, por terem conquistado reposição anual, estão tecnicamente empatados, podendo até passar a um patamar superior em relação à realidade salarial dos servidores do Judiciário Federal. Isso comprova que é possível e fundamental termos política de reajuste anual (data-base). Portanto, vamos a luta!