Os trabalhadores do INSS em todo o País decidiram em Plenária Nacional realizada em Brasília no dia 7 de junho entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 16 de junho (próxima terça-feira). A Plenária foi conjunta também com os trabalhadores do Ministério da Saúde que aprovaram entrar em estado de greve. Em Santa Catarina, os trabalhadores do INSS acataram a proposta nacional de greve a partir do dia 16/6, em Assembléia Estadual realizada em Florianópolis na tarde de ontem, dia 9 de junho.
A decisão de entrar em greve foi devido ao descumprimento de um acordo com o governo federal assinado em 2005 com o término da greve dos servidores. No acordo, o governo prometia discutir a regulamentação da Carreira dos trabalhadores, as condições de trabalho, a carga horária, entre outras medidas. No entanto, o governo não cumpriu o que prometeu e no dia 25 de maio baixou a Resolução nº 65, aumentando a carga horária dos trabalhadores do INSS de 6 horas para 8 horas e reduzindo os salários dos servidores que optarem por fazer 6 horas.
O agendamento pelo telefone 135 da Previdência Social dá à sociedade a falsa impressão que não existem mais filas no INSS e que tudo funciona perfeitamente bem e normal. No entanto, as condições de trabalho dos servidores do INSS são precárias, faltam trabalhadores, faltam equipamentos, os sistemas operacionais da Previdência saem com freqüência do ar e são lentos, muitos trabalhadores estão se aposentando ou afastados por problemas de saúde e não há reposição de funcionários, não há segurança nas Agências da Previdência, freqüentemente os servidores sofrem agressões físicas e verbais, entre outros problemas que o governo esconde da sociedade, usando a Previdência Social como propaganda política para as eleições de 2010.
Os trabalhadores não são contra o aumento do horário de atendimento ao público nas Agências da Previdência. Os servidores defendem a abertura das Agências da Previdência Social por 12 horas, com dois turnos de 6 horas e, para isso, a contratação de mais trabalhadores e não o aumento da carga horária dos servidores, que já trabalham no limite de suas forças. Os servidores do INSS lutam pela manutenção da jornada atual de trabalho de 6 horas, por concurso público, por melhores condições de trabalho e pela incorporação aos salários das gratificações que não levam para a aposentadoria, o que significa uma redução de 80% do salário ao se aposentarem.