Em greve há mais de um mês, os servidores do Incra e do Ibama recorreram à Justiça para garantir o recebimento dos salários. O presidente Lula mandou cortar o ponto dos dias parados. A decisão foi tomada no início de junho e referendada na reunião de Coordenação de Governo, semana retrasada, quando o presidente e seus principais ministros discutiram a greve do funcionalismo.
Os servidores do Incra, em greve desde 21 de maio, já conseguiram na Justiça liminar para garantir o recebimento de seus salários nos estados de Santa Catarina, Maranhão, Sergipe, Amapá, Amazonas e São Paulo, além do Distrito Federal. A informação é da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra. Das 30 superintendências regionais do Incra, 29 aderiram à greve nacional – exceto Rio Grande do Sul, segundo a Confederação.
Terça-feira passada, após reunião realizada com representantes dos ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento Agrário e do próprio instituto, os servidores do Incra decidiram manter a paralisação. Os grevistas reivindicam a contratação de 3.200 funcionários, reestruturação do plano de cargos e salários e protestam contra o projeto de lei que limita por 10 anos os reajustes salariais dos funcionários públicos.
A greve dos servidores do Ibama foi iniciada em 14 de maio. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa, a greve atinge 19 estados e o Distrito Federal.
Entre as reclamações dos grevistas está a Medida Provisória 366, que criou o Instituto Chico Mendes e marcou o início da reestruturação do Ibama.
Fonte: Jornal Valor Econômico