O Sindjuf-PA/AP denuncia que a Presidência do Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região descontou integralmente os dias parados do salário dos servidores daquele tribunal que estavam em greve, sem aceitar qualquer negociação e designando as ausências em razão do movimento paredista como faltas injustificadas. Segundo o sindicato, em razão disso, os servidores concursados correm o risco de demissão pela Justiça Trabalhista que, ironicamente, é quem protege os trabalhadores da iniciativa privada contra esse mesmo tipo de atitude arbitrária dos patrões.
“Ante a questão de sobrevivência sua e de suas famílias, os servidores do TRT foram obrigados a suspender a greve temporariamente, na última semana, juntamente com os da Justiça Federal”, informa o Sindjuf-PA/AP. Os servidores do TRE-PA, que não foram punidos ou ameaçados, são os únicos que continuam na greve pela revisão salarial da categoria.
Durante o período de greve a administração do TRE-PA e da JF/PA receberam o comando de greve da categoria para ouvir os motivos que levaram os servidores à paralisação. A presidência do TRT foi a única que não recebeu o comando de greve, fazendo questão de se comunicar somente uma vez e por email, mandando apenas que os servidores cumprissem a resolução 468. “Se não bastasse a falta de interesse da presidência do TRT em se comunicar com os grevistas, a administração da casa também boicotava os atos realizados no tribunal com o corte de energia no hall de entrada, onde eram realizadas as assembleias, e com a retirada das faixas fixadas em frente ao TRT informando à população que os servidores daquele tribunal estavam em greve”, ressalta a coordenadora de comunicação do Sindjuf-PA/AP, Alice Romana.
Fonte: Sindjuf-PA/AP e Fenajufe 26/07/2011