A greve nacional dos trabalhadores de alguns órgãos do Executivo Federal, da Previdência Social e do INSS completa hoje, 08 de junho, seis dias. Mesmo com a ameaça do governo federal de cortar os pontos dos servidores que estão parados, anunciada por meio da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, as entidades nacionais apostam no movimento e esperam que a greve cresça em todo o país até o final desta semana.
O Planejamento orienta que os órgãos atingidos desde o dia 02 pela greve devem cortar o ponto dos funcionários que não comparecerem ao trabalho. Com essa medida, o governo cumpre o que manda o decreto nº 1.480, de maio de 1995, editado no governo de Fernando Henrique Cardoso, que limita o direito de greve dos servidores.
De acordo com matéria publicada no jornal Correio Braziliense, o movimento grevista não teme o corte de ponto e, ao fim da paralisação, espera negociar “amigavelmente” os dias parados. Números da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal [Condsef] mostram que 24 órgãos – entre eles Ibama, Incra e Funasa – aderiram parcialmente à greve. A Fenasps, que representa os trabalhadores da Saúde e Seguridade Social, também registra um aumento nas adesões e já fala em mais 80% das agências do Instituto Nacional do Seguro Social [INSS] fechadas em todo o Brasil.
Segundo informações da entidade, no Distrito Federal, a única entre as 12 agências a abrir para o público foi fechada ontem. Pela manhã, os funcionários da agência de Sobradinho cruzaram os braços. Mais postos de atendimento INSS fecharam em São Paulo e no Rio de Janeiro, de acordo com os sindicalistas.
O Ministério da Previdência informou que apenas 23,75% das 1.189 agências do país estão fechadas. A greve, no entanto, atingiu quase todos os Estados. Segundo o balanço oficial, somente quatro ainda resistem: Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins.
Fonte: Fenajufe