Após reunir-se com representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), no dia de ontem, o relator-geral do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), declarou que seriam necessários mais R$ 3,5 bilhões, além do R$ 1,5 bilhão previsto na proposta orçamentária, para garantir a reposição de perdas salariais do funcionalismo no Governo Lula. Merss explicou que o aumento linear, de 29% em quatro anos, será diferenciado para as várias carreiras do serviço público federal.
Segundo o relator, o reajuste não significa que todos receberiam 29% neste ano. “Algumas categorias já alcançaram esse índice e outras não receberam nada”, observou. Carlito Merss elogiou o debate com os servidores públicos federais durante a análise do Orçamento. “Este é o momento oportuno.”
O secretário-geral da Confederação de Trabalhadores no Serviço Público Federal, Josenilton Costa, também considerou a conversa positiva. “Vamos aumentar a pressão junto aos parlamentares para obter o reajuste”, anunciou.
Pelos cálculos da entidade, as principais defasagens no salário do funcionalismo federal estão entre os servidores da Seguridade Social, da Saúde, do Trabalho e da Educação.
Costa destacou que o Governo ainda não apresentou uma proposta oficial de reajuste. Ele espera que o Executivo a apresente no dia 8 de fevereiro, na reunião com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
A reunião também contou com representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.
Fonte: Jornal da Câmara