Reunidos na 11a Plenária Nacional, no Memorial da América Latina, em São Paulo, entre quarta e sexta-feira, cerca de 570 sindicalistas, representando 3.281 entidades filiadas, devem aprovar emendas a PEC da Reforma Sindical. O tema da reforma sindical, que divide opiniões internas, é a principal pauta da 11a. Plenária. Elas se reúnem obrigatoriamente entre congressos nacionais que elegem a direção nacional e que são realizados a cada três anos (o próximo será em 2006).
A Plenária, cuja abertura solene ocorreu às 19hs desta terça-feira, dia 10 de maio, também discutirá as campanhas salariais do ano, a continuidade das lutas pela recuperação do poder aquisitivo do salário mínimo, pela correção da tabela do imposto de renda e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Outros temas, como a conjuntura nacional e internacional e assuntos específicos, como a reforma universitária, também compõem a pauta de debates da Plenária.
Na avaliação de Luiz Marinho, Presidente Nacional da CUT, “a 11a. Plenária deve fortalecer a capacidade de mobilização e de luta da CUT e dos trabalhadores brasileiros que precisam garantir a aprovação da reforma sindical este ano para enfrentar as tentativas de retirada de direitos que estarão embutidas nas pressões pela reforma trabalhista que devem intensificar-se a partir de 2006”. Segundo ele, as tentativas de derrotar politicamente o governo do PT, eleito com o apoio da CUT, devem marcar a conjuntura do próximo período. “Os trabalhadores precisam estar à altura dos desafios que estarão sendo colocados por um momento de muita disputa na sociedade e a CUT precisa estar fortalecida para garantir a continuidade do crescimento e da geração de empregos, os principais desafios do País, segundo a ótica dos trabalhadores.”
No final de 2004, a CUT e outras centrais sindicais realizaram marcha à Brasília, oportunidade em que conseguiram do governo a aprovação do mínimo de R$ 300,00 para 2005 e a constituição da Comissão Tripartite do Salário Mínimo. Este ano, além de continuar esta campanha, a CUT e as demais centrais pretendem também reforçar a campanha pela redução da jornada que, ao lado da reforma sindical, deve justificar novas mobilizações com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional.
PROGRAMAÇÃO DA 11ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
Dia 10 de maio de 2005
16h00 – Início do credenciamento
19h00- Solenidade de Abertura
22h00 – Encerramento parcial do credenciamento
Dia 11 de maio de 2005
08h30 – Reinício do credenciamento
09h00 às 10h30- Aprovação do Regimento Interno e Recursos
10h45 às 11h15 – Conjuntura Internacional e Nacional: Apresentação do Texto Base
11h15 às 13h00 – Conjuntura Internacional e Nacional: Debate e Votação das Emendas
13h00 às 14h30 – Intervalo para almoço
14h30 às 15h00 – Balanço Político Organizativo do Mandato e Estratégia: Apresentação do Texto Base
15h00 às 17h30 – Balanço Político Organizativo do Mandato e Estratégia: Debate e Votação das Emendas
17h30 às 17h45 – Intervalo
17h45 às 19h00 – Reforma Universitária – Exposição, Debate e Emendas
19h00 – Encerramento do credenciamento das delegadas e delegados efetivos.
19h00 às 20h00 – Credenciamento das delegadas e delegados suplentes.
19h15 às 20h30 – Jantar
Dia 12 de maio de 2005
09h00 às 09h30 – Apresentação do Texto Base sobre Estrutura Sindical e Relações de Trabalho – Reforma Sindical.
09h30 às 12h30 – Debate e votação das emendas sobre Estrutura Sindical e Relações de Trabalho – Reforma Sindical
12h30 às 14h00 – Intervalo para almoço
14h15 às 15h30 – Políticas Permanentes: Apresentação do Texto Base
15h30 às 19h00 – Debate e votação das emendas sobre Políticas Permanentes
Dia 13 de maio de 2005
09h00 às 10h00 – Debate e votação das emendas sobre Políticas Permanentes
10h15 às 11h30 – Finanças e Recomposição da Direção Executiva
11h45 às 13h15 – Plano de Lutas – Apresentação e Votação das emendas
13h15 às 14h00 – Apresentação de Moções e Convocação do 9º CONCUT
14h00 – Solenidade de Encerramento da 11ª Plenária Nacional da CUT
14h00 às 15h30 – Almoço
LOCAL DA 11A. PLENÁRIA:
Memorial da América Latina,
Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564.
São Paulo.
Fonte: CUT