Em uma demonstração de união e de solidariedade aos colegas da Justiça Federal em Greve, os servidores do TRT pararam duas horas nesta quarta-feira na frente do prédio da Rio Branco. Quem já fez muita luta por salário e condições de trabalho uniu-se a colegas que estão ingressando no Tribunal e já compreenderam que também desta vez o reajuste não virá de graça. Ao final da atividade foi aprovada a realização de novo Ato na terça-feira, dia 16, das 15 às 16 horas.
Adiamento
O PLC 28/15, de reposição salarial da categoria, que estava na pauta para apreciação ontem no plenário do Senado, teve a votação adiada para o dia 30 de junho. O adiamento foi anunciado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros. Ele justificou afirmando que o projeto ainda é objeto de negociação entre Judiciário e governo. A decisão gerou protestos dos servidores que acompanhavam a sessão.
O líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), manifestou-se, apoiando a decisão de Calheiros. Ele afirmou que é preciso “buscar uma solução” para a reposição salarial da categoria. Não explicitou, no entanto, qual seria ela, uma vez que, em sua fala, disse também que há várias outras categorias do serviço público sem reposição. O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) cobrou que a proposta fosse a votação. Ele reiterou que os servidores estão há nove anos sem reajuste, que a reposição salarial da categoria tramita há anos no Congresso e que não é mais possível protelar. Outros senadores manifestaram apoio ao projeto, exigindo a votação. Alguns lembraram que o Senado já votou o ajuste fiscal que o governo queria e que, agora, chegou o momento de votar o “ajuste salarial”, mas não adiantou.
O adiamento da votação mostra que será necessário intensificarmos a nossa mobilização, e contamos com todos os colegas para ampliar a luta pelo reajuste.
