Quinta-feira, 11, será a nossa vez de ir para a rua

Em Assembleia realizada nesta terça-feira, 9, os servidores do Judiciário Federal aprovaram a participação da categoria no Dia de Greves, Paralisações e Manifestações de Rua, nesta quinta-feira, dia 11 de Julho. Os servidores irão se concentrar, a partir das 15 horas, na Praça Tancredo Neves (em frente à Assembleia Legislativa), de onde, neste horário, sairá a passeata no Centro da Capital, com passagem pelo TRT-SC e chegada no TICEN.

ORIENTAÇÕES:

1) Concentração às 15 horas na Praça Tancredo Neves (em frente à Alesc) para unificar com as demais categorias. Nesse horário sairá a passeata unificada pelo centro da cidade.

2) Quem tem camiseta da luta pelo PCS pode aproveitar para usar no dia 11. A luta pela carreira e a antecipação das parcelas da GAJ são pautas específicas do Judiciário.

3)Servidores que atuam fora da Capital devem participar dos Atos organizados em suas cidades e regiões ou fazer manifestação de protesto em algum momento do dia. 

4)No TRT-SC haverá um grupo de servidores com som aguardando a chegada da passeata (que passará pelo Tribunal perto das 16 horas). 

5)A orientação é que todos que puderem participem desde o início do Ato, às 15 horas, na Praça Tancredo Neves (em frente à Assembleia Legislativa). 

6)Em Florianópolis haverá quatro faixas principais do Judiciário Federal: “Pela anulação da Reforma da Previdência! Reforma comprada tem que ser anulada”, “Não ao sucateamento da Justiça do Trabalho! Não a este PJe-JT do TST”, “Não ao congelamento dos salários (PL 549/09). Fora Ideli!”, “Respeito ao Direito de Greve! Não à postura autoritária do TRT!” 

Ainda não participou das manifestações?

Você não participou das manifestações até agora? Não tinha motivo palpável? Achou que não era coisa para nós? Ficou apenas acompanhando pela TV? Sentimos muito informar-lhe, mas tem muita coisa da sua vida que tem tudo a ver com as manifestações. Ninguém entendeu até agora qual foi o estopim que levou milhões de pessoas à rua para reivindicar de tudo. Desde a volta da tomada de dois pinos, como ironizou Luis Fernando Veríssimo, até coisas da maior seriedade como o transporte público gratuito e de qualidade, o fim dos leilões de petróleo, o fim da PEC 37, mais recursos para a educação, o julgamento do mensalão do PSDB mineiro, auditoria dos gastos absurdos com a Copa e tantos outros. Algumas coisas já foram encaminhadas a toque de caixa pelo governo e pelo Congresso pois a política só funciona sob pressão. Não se viu, no entanto, reivindicações de trabalhadores, enquanto tais. Mas agora chegou a nossa vez de gritar. As Centrais Sindicais, superando todas as suas divergências, decidiram ir às ruas pelas reivindicações trabalhistas.

E quanto a isso, todos nós, em especial os servidores públicos, temos tudo a reclamar, começando pelos ridículos 5% de reajuste que recebemos em janeiro após quatro anos de reajuste Zero e que não repôs sequer a inflação do ano anterior, ou as políticas de Recursos Humanos do Judiciário que impõem condições inumanas de exploração da nossa força de trabalho.

Então, quinta-feira, dias 11, é dia de protestar contra o ritmo absurdo de trabalho que nos impõem e a falta de servidores. Contra as resoluções dos Conselhos que fixam quantidades de servidores por Vara totalmente fora da realidade, contra o Processo Eletrônico da Justiça do Trabalho que já consumiu centenas de milhões de orçamento público pago a consultorias que enriquecem, para fazer um sistema que não funciona, deixa o processo mais moroso ainda pela falta de funcionalidade e leva servidores, advogados e juízes ao estresse. É dia de protestar contra os ataques sucessivos ao nosso Direito de Greve por parte do governo e dos julgamentos da Justiça Federal. É hora do Congresso, do Governo e da cúpula do Judiciário ouvirem o grito dos servidores públicos e saberem que estamos juntos com os demais trabalhadores pois um serviço público de qualidade é reivindicação de todos. 

Judiciário tem pauta específica

Além da pauta de reivindicações unificada dos servidores públicos federais, os servidores do Judiciário Federal têm sua pauta específica. A categoria busca a antecipação das duas últimas parcelas da GAJ (15,8%), a constituição de Comissão Interdisciplinar no STF para discutir o Plano de Carreira dos servidores do Judiciário Federal, a correção dos prejuízos nos padrões de vencimento e o reenquadramento, o aumento dos valores repassados para a saúde, a garantia do pagamento dos passivos, Direito de Greve no serviço público, a garantia da data-base e a regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação Coletiva) sem que seja confundida com o debate sobre Direito de Greve, além da luta contra o assédio moral. 

Quem mais está mobilizado para o dia 11

Várias categorias de trabalhadores e movimentos sociais estarão presentes nas ruas para protestar contra a política econômica do governo, muitas delas paralisando suas atividades dia 11. Em Florianópolis, a concentração será na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa, a partir das 13 horas. Às 15 horas os trabalhadores iniciam a passeata. Saúde, Educação, Previdência, IPEN, MTE, Ibama, DNIT, Incra, Marinha Mercante, IBGE, Fiocruz e outros órgãos federais estão orientados a realizar uma  paralisação de até 24 horas, assim como servidores estaduais e municipais.

Técnicos-administrativos das Universidades Federais fazem Greve geral em todas as universidades neste dia 11.

Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica estão orientando suas entidades a participarem do dia de luta. Docentes das universidades federais orientaram a participação, com paralisações, a todas as suas representações nos estados.

Setor operário: paralisação dos metroviários de São Paulo, metalúrgicos de São José dos Campos e região, metalúrgicos de São Paulo e do ABC, metalúrgicos e trabalhadores da mineração de Minas Gerais. Os petroleiros de Sergipe e Alagoas também vão realizar atividades e os petroleiros da Baixada Santista (SP) devem fazer Greve. Os trabalhadores dos Correios de Pernambuco farão paralisação. Além desses, param suas atividades os trabalhadores em processamento de dados de Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Participam ainda, do dia 11 de julho, os comerciários do interior do Rio Grande do Sul e de Nova Iguaçu (RJ). Há Assembléias em todo o país para deliberar sobre o dia 11. (Levantamento parcial) 

Pauta objetiva unifica todos os setores

As Centrais Sindicais definiram os seguintes eixos que sintetizam as reivindicações das diversas categorias:

-a redução das tarifas e melhoria da qualidade dos transportes públicos

-o aumento nos investimentos da saúde pública e educação

-a redução da jornada de trabalho

-a luta pela democratização dos meios de comunicação

-posição contrária ao Projeto de Lei 4330/2004, que trata da terceirização e vai afetar trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público

-fim dos leilões de petróleo

-fim do fator previdenciário

-a favor da reforma agrária 

Ticen recebe aulão público sobre o projeto Tarifa Zero

A Frente de Luta pelo Transporte e o Movimento Passe Livre (MPL) oferecem um aulão público sobre o projeto Tarifa Zero nesta quarta-feira, às 18h, em frente ao Terminal de Integração do Centro (Ticen), em Florianópolis. Os integrantes do movimento pretendem tirar dúvidas em relação aos impactos de um transporte coletivo gratuito, além de expor maneiras de viabilizá-lo economicamente.

A atividade começa às 17h, com distribuição de cartilhas explicativas e exibição de um vídeo sobre o projeto Tarifa Zero. “O vídeo será exibido continuamente até às 18h, e esperamos disponibilizar pelo menos 30 cadeiras para os cidadãos que quiserem participar do aulão. Será uma grande oportunidade para a população entender e discutir nossas propostas”, explica Victor Khaled, integrante da Frente e do MPL.

Um dia após o aulão, na quinta-feira, 11, o movimento volta às ruas para somar forças à paralisação nacional dos trabalhadores, realizando o sexto protesto pela redução da tarifa de ônibus em Florianópolis e se somando ao ato unificado convocado pelas oito centrais sindicais brasileiras.

 

Aulão público sobre o projeto Tarifa Zero

Dia 10 de julho, quarta-feira, a partir das 18 horas

Terminal Integrado do Centro (TICEN)

 

Ato pela redução da tarifa

Dia 11 de julho, quinta-feira, a partir das 14 horas

Terminal Integrado do Centro (TICEN)