A situação entre os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e o governo continua tensa. A categoria completa hoje 44 dias em greve e ainda não tem previsão para o término da mobilização. Teve início na manhã desta sexta-feira a Plenária Nacional de Greve da Seguridade Social que discutirá os rumos da luta.
De acordo com o integrante do Comando Nacional de Greve, Zé Campos, a primeira parte da Plenária foi feita com os informes das entidades e avaliação do movimento grevista. Segundo Campos, nenhuma entidade informou que desistirá da greve. Mesmo com as ameaças do governo de corte de ponto e desconto salarial, a adesão dos servidores continua firme. A categoria reivindica a conquista do Plano de Carreira, e a reposição salarial dos 18% (luta unificada dos servidores públicos federais).
Na última reunião entre os líderes sindicais e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, realizada na quarta-feira (13), o governo, mais uma vez, se mostrou irredutível em relação à proposta apresentada aos servidores do INSS. A proposta da bancada governista apresentada aos sindicalistas beneficia de forma diferenciada trabalhadores da ativa e os aposentados, em relação à gratificação de desempenho. As entidades não aceitam e exigem o mesmo tratamento para todos. “Nós queremos que os inativos tenham os mesmos percentuais que estão sendo proposto aos ativos. Não aceitaremos disparidade”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Irineu Messias.
Nesta quinta-feira (14) caravanas dos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo vieram à Brasília para reforçar o movimento grevista e pressionar a apresentação de uma nova proposta do governo. Cerca de 400 manifestantes seguiram primeiro para o Bloco C do Ministério do Planejamento, logo depois fizeram ato em frente ao Ministério da Fazenda, e encerraram a caminhada em frente ao Bloco K do Ministério do Planejamento.
Fonte: Fenajufe