Por Janice Miranda
Professores estaduais reivindicam 28% de reajuste e podem entrar em greve
O ano letivo de 2004 para 1,5 milhão de estudantes das 3.041 escolas da rede estadual de ensino pode não começar na data prevista, 1º de março, pois os mais de 100 mil professores estaduais podem entrar em greve. A primeira-vice-presidente do Cpers, Neida Oliveira, diz que “a decisão da greve vai depender do próprio governo do Estado, se nesse período não abrir efetivas negociações e conceder os 28% de reajuste já aplicado para os servidores dos poderes Judiciário e Legislativo”. Ela lembra que na última assembléia geral do Cpers, em novembro, ficou definido que, caso não fossem encontradas soluções para o reajuste de magistério e servidores de escolas, o sindicato chamaria a greve.
O secretário estadual da Educação, José Fortunati, recebeu a direção do Cpers na terça-feira e reiterou o compromisso do governo de, a partir de fevereiro, dar início ao processo de negociação da política salarial para 2004. Fortunati diz que só não deixou agendada a primeira reunião porque aguarda os dados que estão sendo levantados pela Secretaria da Fazenda sobre a real situação do Estado. O Cpers vai instaladar barracas em dez praias e organizadar panfletagens em balneários vizinhos. As mobilizações devem começar no próximo dia 20, por Torres, e prosseguem em Capão Novo (21) e Capão da Canoa (22). A segunda semana incluirá roteiro por Imbé (27), Cidreira (28) e Quintão (29). Depois, a caravana passará por Nova Tramandaí (3), Tramandaí (4), Praia do Cassino, em Rio Grande (5) e Laranjal, em Pelotas (6).
Fonte: Correio do Povo