Continua em Porto Alegre a greve de fome, que teve início na segunda-feira (03), de 11 professores em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Segundo Rejane Oliveira, vice-presidente do Cpers/Sindicato, essa foi a única opção encontrada pelo Comando de Greve da categoria para barrar as coações que os trabalhadores em educação do Estado do Rio Grande do Sul têm sofrido do governo de Germano Rigotto. “O nosso esforço é que dá o tom ao movimento, à nossa luta”, disse Rejane. A sindicalista cita como exemplo da coação do governo estadual o fato deste ter utilizado até mesmo integrantes da Brigada Militar para que fossem às escolas estaduais pegar os nomes dos professores grevistas.
Os sinais vitais dos grevistas estão sendo monitorados por paramédicos. Os professores querem forçar a negociação com o governo em relação ao restante da pauta de reivindicação, que incluía 28% de reajuste (o governo ofereceu apenas 8,5% em três parcelas e enviou o projeto para a Assembléia Legislativa, que aprovou a proposta mesmo com a discordância da categoria). Os pontos incluem, entre outros, a reversão das punições, calendário de nomeações, autonomia da comunidade escolar, inclusão dos funcionários de escolas no plano de carreira e que o Plano Estadual de Educação, criado pelo governo Rigotto, seja fruto da discussão com a comunidade escolar e não instituído de cima para baixo como foi feito.
Para se “defender” dos professores em greve de fome, foi formado um cordão de isolamento junto ao Palácio Piratini feito por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais armados de cassetetes, pistolas e protegidos por coletes à prova de balas.
O Comando de Greve dos professores se reuniu ontem à noite para avaliar o resultado da reunião que ainda estava acontecendo com o Chefe da Casa Civil, Paulo Michelucci, e a secretária de Educação, Neusi Hoff Muller.
Fonte: Sintrajufe/RS