Por Marcela Cornelli
A instituição de gratificação específica para os professores do ensino fundamental, médio e tecnológico das universidades, no lugar da Gratificação de Incentivo à Docência (GID), não satisfaz totalmente a categoria, segundo o coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe), William do Nascimento Carvalho. Ele afirmou que, embora seja um avanço nas reivindicações junto ao governo, os professores vão continuar lutando em 2005 para que o benefício seja incorporado aos salários.
O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nacional, Jacy Afonso de Melo, entidade à qual o Sinasefe é filiado, disse que os servidores públicos tiveram uma interrupção na negociação por salários entre 1995 e 2002 e, nesse período, as carreiras não foram valorizadas. Ele também considera que a gratificação anunciada pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega, e pelo ministro interino da Educação, Fernando Haddad, é um avanço mas ainda não atende a recomposição dos salários dos professores do ensino superior. Para o ministro Fernando Haddad, as negociações do governo, que culminaram com a gratificação entre 6,9% e 51,9% sobre o valor dos salários dos professores, mostram como o diálogo pode construir.
Os professores graduados ganhavam, pela GID, R$ 135,20 e agora vão receber 321,23 por uma carga de 20 horas. Aqueles que cumprem 40 horas passam de R$ 268,8 para R$ 572,60. Esses valores correspondem também às gratificações para os professores em aperfeiçoamento e especialização. Aqueles que têm mestrado e que cumprem 20 horas passam a receber R$ 428,77, contra R$ 260,8 que vinham recebendo. Os que cumprem 40 horas sobem de R$ 652 para R$ 969,18. Os professores da categoria Doutorado ganhavam R$ 380,9 para um trabalho de 20 horas e agora vão perceber R$ 530 de gratificação. Para os que trabalham 40 horas a gratificação sobe de R$ 952 para R$ 1.265,00.
Fonte: Agência Brasil