Por Marcela Cornelli
A votação das emendas ao texto da reforma da Previdência e da chamada PEC paralela na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada mais uma vez para a próxima semana. Desse modo, a votação pode começar na noite de terça-feira, mas deve se estender por outro dia pelo menos, já que são mais de 300 emendas e serão necessárias cerca de 80 votações. Ontem, presidente da CCJ, senador Edson Lobão, concedeu o pedido de vistas num prazo de quatro dias feito pela oposição, para a análise das emendas. Segundo o relator da reforma, Tião Viana (PT-AC), a oposição não aceita votar a matéria no plenário antes do dia 26 de novembro. O adiamento causa um atraso de 9 dias no prazo antes previsto pelo governo, que planejava votar a reforma previdenciária em primeiro turno no plenário no dia 18. O prazo concedido é encarado como uma medida de bom senso do governo.
Embora os aliados venham dizendo desde o início da semana que os votos são “mais do que suficientes’’, o presidente do PT, José Genoino, admitiu que a base não conseguirá aprovar a reforma sozinha. “Sempre disse que a reforma tributária e a da Previdência precisariam do apoio da oposição’’, disse Genoino depois de uma reunião com os senadores petistas e com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, na manhã de ontem. De acordo com ele, a presença do ministro na reunião foi um ‘’apelo’’ para que o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que ainda resiste à aprovação do texto principal da reforma, vote com a bancada. Já Tião Viana ainda insiste que o texto principal da reforma não sofrerá alterações.
Da Redação com informações do sítio Último Segundo