Por Imprensa
Policiais civis e soldados do Exército prenderam ontem à noite um dos homens acusados de assassinar a missionária americana naturalizada brasileira Dorothy Stang. Rayfran das Neves Salles, cuja fotografia foi reconhecida pela testemunha ocular do crime, estava caminhando pela Rodovia Transamazônica quando os policiais efetuaram a prisão. Ele não reagiu e estaria se deslocando de Anapu (PA), onde ocorreu o crime, para Altamira, também no Pará.
Rayfran será interrogado e permanecerá detido em Altamira, onde também está preso Amair Feijoli da Cunha, o Tato, acusado de ser o intermediário do assassinato. Tato foi indiciado ontem por co-autoria de homicídio qualificado. A polícia ainda está atrás do suposto mandante do crime, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, e de outro pistoleiro, que também teria atirado em Dorothy.
Preso no último sábado, Tato foi interrogado durante mais de duas horas neste domingo, em Altamira. Ele disse que não há mandante e negou envolvimento no crime, mas entrou em contradição ao falar de sua ligação com Bida.
De acordo com a Polícia Civil, ficou clara a ligação entre Tato e os outros três suspeitos de terem participado do crime. Testemunhas disseram que o indiciado teria discutido com a irmã Dorothy no dia anterior ao assassinato da freira.
Cunha, que passou a noite no Centro de Recuperação Regional do município, se entregou a equipes da Polícia Civil do Pará na tarde de sábado em um trecho da rodovia Transamazônica, na floresta Amazônica, a 70 quilômetros de Altamira, uma semana após o assassinato da missionária. Ele passou a noite em uma cela isolada que ganhou reforço da Polícia Militar, disseram autoridades.
Segundo o advogado de Tato, Augusto Septimio, Bida aguarda em local não divulgado para decidir se vai se entregar à Polícia Civil de Altamira (PA).
Fonte: Portal Vermelho com informações da Agência Terra