Plenária dos SPFs realizada no dia 22, domingo, em Brasília, decidiu por greve a partir do dia 2 de junho. A decisão afeta a todos os servidores, mas leva em consideração os diferentes graus de mobilização em todo o País. No sábado, 21, a Fenajufe realizou reunião ampliada e decidiu realizar mais um Dia Nacional de Lutas no dia 2, aompanhando o calendário dos SPFs. Todos os servidores federais devem se engajar na campanha. Os servidores consideram que se esgotaram as expectativas com relação à Mesa Nacional de Negociação Permanente. A greve e as paralisações são a única forma encontrada pela categoria para pressionar o governo a apresentar uma proposta de política salarial decente.
O governo federal tinha prazo até o dia 17 de maio para apresentar proposta, mas insistiu na velha história de que não tem recursos. Com isso, a paciência dos servidores se esgotou. O pouco caso demonstrado pelo governo, insistindo em negociar em separado com as diferentes categorias de servidores federais, e descartando qualquer possibilidade de reajuste linear, ultrapassou todo e qualquer limite de tolerância. A última do governo foi mudar a data de uma reunião com a mesa de negociação sindical e sequer avisar os dirigentes da mudança.
Em Santa Catarina, os servidores do Judiciário Federal realizaram assembléia no dia 18, o Dia Nacional de Lutas, e aprovaram paralisação de três horas para o dia 2 de junho (veja matéria nesta página). Várias categorias de servidores públicos federais estão se mobilizando para a greve a partir do dia 2. Outras ainda realizarão assembléias para discutir os encaminhamentos da plenária nacional dos SPFs em Brasília.Nunca é demais lembrar: 0,1% de reajuste é deboche. Os servidores exigem 18% emergenciais para repor as perdas do governo Lula, além de sentar à mesa de negociação para discutir uma proposta de política salarial decente. Não é com jogo de faz de conta que o governo conseguirá dobrar os servidores.