Para o procurador-geral, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que permanece preso na Polícia Federal em Brasília, lidera grupo constituído pelas mais altas autoridades do Distrito Federal.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao presidente do Supremo Tribunal Federal, desde 11 de fevereiro,Gilmar Mendes, a decretação da intervenção federal no Distrito Federal. O pedido foi realizado de acordo com a Constituição e pela Lei Complementar nº 75/1993, com fundamento na Lei nº 8.038/1990 e no Regimento Interno do STF.
De acordo com o pedido, os elementos colhidos na investigação realizada na Operação Caixa de Pandora, em curso perante o Superior Tribunal de Justiça (Inquérito nº 650), demonstram que “o governador do Distrito Federal lidera grupo que, por ser constituído pelas mais altas autoridades do Distrito Federal, instalou-se no próprio governo e utiliza as funções públicas para desviar e apropriar-se do dinheiro público, que deixa de atender às finalidades legalmente previstas, em intolerável afronta aos que contribuíram com seus impostos para o orçamento do Distrito Federal e à própria República, especialmente porque os recursos desviados foram arrecadados não apenas dos contribuintes do Distrito Federal mas dos contribuintes de todo o país”.
Para Gurgel, a investigação da Polícia Federal não deteve Arruda, apontado como comandante do esquema de distribuição de propina conhecido como mensalão do DEM.
“O governador tem demonstrado que o andamento das investigações não tem impedido que ele continue a atuar criminosamente”, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, citando a suposta tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do mensalão do DEM. A tentativa teria ocorrido a mando de Arruda. O governador se apresentou à Polícia Federal em Brasília nesta quinta e pediu afastamento do cargo.
“Temos, no Executivo, uma verdadeira organização criminosa encastelada no governo da capital da República, com indícios fortíssimos de um esquema criminoso de apropriação e desvio de recursos públicos. No Legislativo, temos um Câmara Distrital em que grande parte dos parlamentares está envolvido neste mesmo esquema”, afirmou Gurgel.
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