O assédio moral e a discriminação racial são duas práticas presentes no dia-a-dia do trabalho no Judiciário Federal em São Paulo. É o que pensa a maioria dos servidores que participou do 4º Congresso Estadual do Sintrajud/SP, realizado em Campinas, no início de abril.
De acordo com matéria publicada no jornal do Sintrajud/SP, questionário respondido por 81 [66%] dos 123 congressistas mostra uma dimensão preocupante para os dois problemas. Para 85%, há casos de racismo nos locais de trabalho, sendo que, para 53% dos servidores, esta prática ocorre com certa freqüência. Outros 32% acreditam que ocorrem casos isolados. Apenas 7,4% responderam que não existe racismo no Judiciário.
Casos de discriminação racial no local de trabalho já foram presenciados por 33% dos servidores que responderam à pesquisa. Destes, 22% disseram que isto ocorreu muitas vezes. Negros ocupando cargos de direção e chefia no tribunal é algo desconhecido por 33% dos servidores.
Dentre os que se auto-declararam negros [39,5% dos pesquisados], 22% afirmaram já terem sido vítimas de ato racista no trabalho, informa o sindicato.
Com relação ao assédio moral, 60% afirmaram já terem sido vítimas de tal opressão no Judiciário. Em outras palavras, seis de cada dez servidores que responderam à pesquisa já teriam sofrido assédio moral. O número é quase idêntico quando o servidor é perguntado se já presenciou caso de assédio em seu local de trabalho.
Fonte: Sintrajud/SP