Pesquisa de Saúde em parceria com UnB será lançada segunda

Na próxima segunda-feira (22), a Fenajufe e a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) darão início – em todo território nacional – a uma Pesquisa de Saúde, inédita, que deverá apontar os riscos psicossociais no ambiente de trabalho no Judiciário. A pesquisa tem como público-alvo os trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Federal, estadual e MPU (Ministério Público da União).
A Pesquisa possibilitará a construção de uma base nacional de dados que dê suporte e formação aos sindicatos, a fim de capacitá-los na ação conjunta para elaboração e disputa de propostas junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O conjunto de dados obtidos com o cruzamento das informações levantadas pelo Protocolo vai identificar as situações de assédio moral e possibilitar a construção de políticas que permitam combater a prática abusiva, a gestão autoritária e proporcionar um ambiente de trabalho com mais qualidade de vida.
A Fenajud e Fenajufe farão, junto aos sindicatos de base, um trabalho intenso de divulgação para sensibilizar a categoria a responder o questionário da pesquisa. O link é aberto e será enviado para todos os sindicatos filiados às Federações, para que estas encaminhem aos seus sindicalizados. O material também poderá ser acessado diretamente nos sites das duas Federações, bem como nas entidades de base. O Sintrajusc disponibilizará o link assim que tiver a informação da Fenajufe.
A coordenadora da Fenajufe Mara Weber destacou que a pesquisa será um marco para a garantia de uma boa qualidade de vida para os servidores e servidoras: “Será criado um banco de dados sobre a categoria e a partir desses dados poderemos propor políticas para cobrar a garantia de um ambiente de trabalho livre de sofrimento e adoecimento que necessariamente exige mudança no modelo de gestão do trabalho, gestão de pessoas e de atenção à saúde dos servidores e servidoras do Judiciário e MPU”.  O estudo será coordenado pelo Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da UnB.
 
O protocolo
 
O questionário vai abordar quatro eixos, sendo o primeiro sobre as relações de trabalho e o modelo de gestão adotado na unidade. Já o segundo trafega pelo sofrimento relacionado ao trabalho, gerado por fatores como a falta de reconhecimento, o sentimento de inutilidade, entre outros. O valor do trabalho tanto para o servidor quanto para a instituição integram o terceiro eixo. Já o último busca identificar os danos físicos, psicológicos e sociais causados aos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário. O protocolo conta ainda com um questionário complementar que fornece dados para a construção do perfil demográfico da categoria e que também irá trabalhar aspectos específicos.