“São Paulo é a nave mãe. Se vocês pararem, nós da Baixada iremos parar”, esse foi o recado de Renato Gatti, servidor da Justiça Trabalhista da Praia Grande, aos mais de 200 colegas da Barra Funda, durante a assembleia na tarde desta quinta-feira [16], em frente ao fórum Ruy Barbosa, que decidiu manter a paralisação até esta sexta-feira [17]. Às 14 horas, no mesmo local, os servidores voltam a se reunir para avaliar o grau de adesão e definir os próximos passos.
Na Justiça Trabalhista, além do congelamento salarial, os servidores enfrentam a ampliação do horário de atendimento no balcão, definida monocraticamente pelo presidente do TRT-2, desembargador Nelson Nasar. O sindicato explica que ninguém é contra a extensão, mas da forma como está sendo aplicada, sem a contratação de mais servidores, a medida vai ferir direitos consagrados da categoria.
Na avaliação do sindicato, a contar pela animação expressada na assembleia, há muita disposição para lutar e impedir que a resolução seja colocada em prática. Foram 30 balcões fechados e mais de 200 servidores, muito animados, na assembleia. Para a diretoria do Sintrajud, o primeiro dia de paralisação foi bastante positivo.
“Tirar alguém do serviço interno vai prejudicar o andamento dos processos e, portanto, não vai aumentar o acesso à justiça”, argumentou a diretora do Sintrajud Leica Silva. Ela explicou aos servidores todas as medidas tomadas pelo sindicato para reverter a resolução. Mas destacou: “fazer requerimentos não mudam a história, o que pode mudá-la é a nossa mobilização”, disse, ao lembrar que as medidas que precarizam o serviço público aumentam a cada dia.
A assembleia desta sexta-feira [17] na Barra Funda vai decidir a continuidade do movimento em defesa do PCS. No TRF, o encontro dos servidores será às 15h.
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Fonte: Sintrajud-SP