Por Marcela Cornelli
A falta de um acordo entre governo e oposição para acelerar a PEC Paralela pode comprometer votos favoráveis à reforma da Previdência no segundo turno no Senado, marcado para a próxima quarta-feira (10/12).
A primeira manifestação nesse caminho partiu do vice-presidente da Casa, Paulo Paim (PT-RS), que decidiu votar com o governo no primeiro turno momentos antes da votação. Paim ficou insatisfeito hoje com a alteração no texto da PEC paralela no que se refere às regras de transição.
Segundo ele, havia sido feito ontem um acordo com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, para que fosse atendida sua reivindicação nesse ponto. Paim propõe que, para os que chegarem a 35 anos de serviço (30 para mulheres) e não tiverem 60 anos de idade (55), haja redução de um ano no tempo de aposentadoria para cada ano trabalhado. No texto da PEC paralela, consta 35 anos de tempo de serviço público.
“Está pior do que o texto que veio da Câmara. Acordo é acordo. Isso vai complicar a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno no plenário”, afirmou Paim.
Paim teria comunicado a lideranças da oposição que, além dele, outros sete senadores poderiam votar contra a reforma no segundo turno se não houver acordo na PEC paralela. No primeiro turno, o governo aprovou o texto básico com folga de apenas seis votos.
Fonte: Agência Folha Online