Nessa terça-feira, a Rede Globo de Televisão comemorou 40 anos no ar. Para os críticos da área de comunicação e ativistas do movimento pela democratização dos meios de comunicação, o aniversário da emissora de TV mais poderosa do país representa quatro décadas de atuação de um “partido político”. A Globo foi ponto de apoio fundamentoal do regime militar e, desde sua fundação, teve atuação direta no núcleo do povo, elegendo e derrubando políticos. Por isso, em vários estados, grupos organizados realizaram manifestações e atividades de protesto contra a hegemonia da Rede Globo.
No Rio de Janeiro, houve a exibição de vídeos que contam a história da emissora seguida de debate. “Hoje, falando em seus programas jornalísticos sobre diversas datas históricas como se tivesse feito p! arte da luta pela volta da democracia, a Globo não revela que no primeiro grande comício pelas Diretas Já para presidente, em São Paulo, divulgou a concentração de pessoas como uma festa de aniversário da cidade de São Paulo. Quem estava na Praça da Sé sabia que o ato era pelas Diretas Já. Mas a emissora contava com o grande número de pessoas que estava em casa e não sabia o por quê da concentração. No caso Tim Lopes, escondeu a informação de que obrigou o jornalista a fazer a matéria contra sua vontade, colocando sua vida em risco”, sustentam os organizadores do evento.
Em Brasília, a manifestação teve o nome de “A festa é sua, é nossa, é de quem quiser – A gente se vê por aqui”. No ato pela Democratização da Mídia, foi exibido o filme “Além do Cidadão Kane”, que conta a verdadeira história da Rede Globo. Nesta quarta-feira, na Universidade de Brasília, o filme será exibido no Centro Acadêmico de Comunicação Social. Na quinta-feira, a manifestação será na Faculdade de Comunicação da Universidade Católica de Brasília.
Fonte: Fenajufe