OIT revela recorde no desemprego mundial

O desemprego alcançou níveis recordes em 2009, segundo aponta relatório sobre as tendências mundiais do emprego, elaborado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
De acordo com o levantamento, no ano passado, o número de desempregados em todo o mundo chegou a cerca de 212 milhões, montante superior em 34 milhões ao verificado em 2007.
Por região, as economias desenvolvidas e a União Europeia foram as que mais sentiram o aumento do desemprego, alta de 2,4 pontos percentuais entre 2008 e 2009.
Em seguida, ficaram os países do Leste Europeu e a América Latina e o Caribe, com acréscimos de 2 p.p. e 1,2 p.p., respectivamente.

América Latina e Caribe
Em 2009, a taxa de desemprego na América Latina e Caribe chegou a 8,2%, contra 7% apurados em 2008, o que equivale a um adicional de 4 milhões de pessoas sem trabalho em um ano.
Para 2010, espera-se que a taxa apresente uma pequena queda, ficando em 8%, refletindo a melhora no cenário verificada no final do ano passado.
Ainda assim, para o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Jean Maninat, os governos precisam continuar investindo em políticas que melhorem a questão do emprego.
A recuperação do emprego será lenta em 2010 e, por isso, é necessário insistir nas políticas anticrise de 2009, que estiveram orientadas a gerar postos de trabalho e a proteger a renda – disse Maninat.

Brasil
No que diz respeito ao Brasil, de acordo com outro estudo da OIT, Panorama Laboral da América Latina e Caribe, a trajetória da taxa de desemprego mostra que a desocupação elevou-se de maneira importante no primeiro trimestre do ano passado, mas que caiu nos seis meses seguintes.
No país, entre 2008 e 2009, o emprego assalariado registrou um crescimento positivo, sendo os setores de Serviços e Construção Civil os que mais geraram empregos.
Por outro lado, dentre os setores afetados pela crise, o que mais sofreu foi a Indústria Manufatureira, com queda de 2,5%.
Quanto ao emprego por conta própria, este diminuiu no país no período analisado.

(Fonte: InfoMoney)