A população feminina ainda está em desvantagem na comparação com os homens no mercado de trabalho. Persistem diferenças salariais e “as mulheres têm menos oportunidades de tornar-se remuneradas e assalariadas que os homens”.
A avaliação consta do relatório Tendências Mundiais do Emprego para as Mulheres em 2007, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e divulgado nessa quarta-feira, véspera do Dia Internacional da Mulher.
Na última década, a taxa de desemprego feminina no mundo era de 6,6%, enquanto a masculina era de 6,1%. O pior reflexo está no índice de empregabilidade de mulheres jovens com idade entre 15 e 24 anos, 35,6 milhões de pessoas no ano passado. Segundo o estudo, elas têm mais dificuldade encontrar uma ocupação que os rapazes com a mesma idade.
No Oriente Médio e na África do Norte a proporção feminina empregadas está muito abaixo da masculina. Nessas regiões, “pouco mais de duas mulheres estão trabalhando para cada dez economicamente ativas, enquanto sete homens estão empregados” na mesma proporção, mostra a pesquisa.
No que diz respeito à remuneração, as mulheres de todo o mundo recebem 90% do que os homens ganham, ou até menos. “Isso acontece em empregos de alta e de baixa qualificação” em profissões consideradas “tradicionalmente femininas” como enfermagem e educação.
Para a coordenadora da área de gênero e raça da OIT no Brasil, Solange Sanches, apesar de as mulheres terem melhorado a participação no mercado de trabalho “elas estão em menor proporção como assalariadas e empregadoras”.
Sanches destaca que as mulheres ocupam postos de trabalhos mais vulneráveis que os homens. São eles postos de empregada doméstica e dona de casa. “Essas são profissões vulneráveis, pois a atuação não é reconhecida como profissão, as mulheres não recebem salário adequado, e a executam em condições de total insegurança”.
O relatório da OIT a aponta que o primeiro passo para “atrair mais mulheres para o mercado de trabalho é o acesso igualitário à educação e qualificações necessárias para se competir no mercado de trabalho”.
Fonte: Vermelho, com informações da Agência Brasil