Oficiais de Justiça do TRT 2 fazem greve contra esvaziamento das centrais de mandados

Por Shuellen Peixoto
 
Os oficiais de justiça do TRT de São Paulo começaram a greve contra o Ato GP/CR 05/2017, que pretende tirar oficiais de justiça das centrais de mandados e alocá-los nas varas. A greve começou nesta segunda-feira, 24, com grande adesão do segmento. O plantão de oficiais da Zona Sul que aconteceu nesta segunda, aderiu à greve em peso. Há informações de forte adesão também nas cidades da grande São Paulo e da Baixada Santista.
 
A medida é parte da reforma administrativa que está sendo implementada no Tribunal, sem diálogo com os servidores. “O objetivo da nossa greve é fazer com que a Administração abra  negociação conosco, porque até agora o Tribunal impôs a medida sem negociação alguma com a categoria”, afirmou Thiago Duarte, Oficial de Justiça da capital.
 
Na opinião de Lynira Sardinha, oficiala de justiça da JT-Cubatão e diretora do Sintrajud, a medida é um ataque aos oficiais de justiça, pois não leva em consideração a natureza do trabalho dos colegas e ainda traz os riscos de perdas remuneratórias e de desvio de função. “Esta é a hora de nos unirmos e reagir, não é factível que o Tribunal estabeleça uma ordem descabida como está que não leva em consideração a natureza do nosso trabalho e o que enfrentamos diariamente nas ruas”, destacou.
 
Outro problema destacado pelos servidores é o aumento de trabalho que será acumulado nas centrais que, caso a medida seja implementada, contarão com um número de oficiais 50% menor. “Sabemos que há um déficit de servidores nas varas, mas esta medida não resolve o problema, a Administração tem que exigir mais orçamento, e não passar o problema para nós, servidores”, ressaltou Inês Leal, servidora do TRT e diretora do Sintrajud.
 
Os oficiais orientaram ainda a todos os colegas que se manifestem na intranet do Tribunal optando por permanecer na central de mandados, o prazo para manifestação é até esta quarta-feira, 26. Na opinião dos representantes do Sintrajud, além de enfraquecer a luta contra o esvaziamento das centrais e o possível desvio de função, uma opção por vara neste momento pode ter implicações práticas e jurídicas futuras, em razão da situação de insegurança e precariedade do recebimento da GAE e da IT nessas condições, de acordo com o que preveem as normas em vigor.
 
Nesta quarta-feira, 26, acontece uma nova assembleia para discutir os próximos passos da mobilização

Fonte: Fenajufe