A negociação técnica entre STF e Ministério do Planejamento se arrasta lentamente em Brasília segundo informou ontem o diretor de Recursos Humanos do Supremo, Amarildo Vieira que representa o Judiciário na mesa. Nas reuniões já realizadas o governo se limita a alegar que o impacto financeiro é muito alto mas sequer chegaram a um acordo sobre qual é este valor. Os técnicos do Planejamento deram para questionar aspectos do mérito do projeto como o valor da remuneração do técnico judiciário, comparando-a com as de outras categorias semelhantes. É pura enrolação ou confusão de competências. O Ministério do Planejamento, é encarregado da gestão dos recursos humanos no Poder Executivo. Lá ele pode discutir conteúdo de planos de carreira dos ministérios. Entretanto não tem competência para tratar desses assuntos em relação aos servidores do Poder Judiciário. A relação do Ministério do Planejamento com o Judiciário é apenas discutir orçamento uma vez que é ele o guardião da “chave do cofre”. Então toda essa conversa mole só serve para enrolar e ganhar tempo apostando que a greve vai acabar e que não precisarão mais negociar nada. Nenhuma novidade. Em todas as greves que garantiram os PCS anteriores foi assim. Está na hora do Presidente do STF se reunir com o Ministro do Planejamento ou com o Presidente da República e cobrar seriedade e agilidade nas negociações.
Para isso a greve deve crescer pois só ela é capaz de empurrar as autoridades. Cada servidor judiciário do país tem sua responsabilidade nesta luta. O tempo está passando, o recesso parlamentar se aproxima e precisamos acabar com a enrolação. A tal comissão de negociações tem que enfrentar de uma vez o problema orçamentário e encontrar uma solução apontando de onde sairão os recursos para implementação imediata do PCS. O governo tem que liberar a votação na Câmara através de sua Liderança. Tudo mais é conversa fiada. Até lá, é GREVE.
Basta de enrolação
Ato público unificado e Assembléia hoje
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