O homem já chegou à Lua e agora tenta ir à Marte. Mas, no Brasil, 56 milhões de pessoas não podem pagar as tarifas de transporte público existentes. A pouca mobilidade dos mais carentes afeta suas chances de emprego e dificulta o acesso a serviços como saúde e educação.
Este foi o tema central do primeiro Encontro do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte, que terminou neste sábado (8), em São Paulo, e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre gestores públicos, empresários, representantes de governos e de movimentos sociais.
Fundado há um ano por entidades da área de transporte, da sociedade civil, por empresários e por órgãos do poder público – como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte (CNTT), a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Transporte Urbano e Trânsito e o Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU) – o movimento congrega atualmente 400 organizações e luta para que o direito ao transporte público com qualidade entre na agenda política do Brasil. Na visão do MDT, o país precisa urgentemente de uma nova política de mobilidade que proporcione inclusão social, geração de renda e empregos, paz no trânsito, qualidade do ar, equidade e democratização do uso dos espaços públicos e das vias. (Fonte: Agência Carta Maior)