Por Marcela Cornelli
O tema “Mulher, Participação e Poder” – carro-chefe das comemorações do dia internacional da mulher de 2003 -marcará novamente as mobilizações deste ano.
Segundo a Comissão Estadual sobre a Mulher Trabalhadora da CUT/SP e a Secretaria Nacional da Mulher da CUT essa bandeira foi escolhida tendo em vista a importância das eleições municipais, que acontecerão em mais de cinco mil cidades do Brasil, e das ações do governo Lula sobre a mulher. “Este ano é especial para todas as mulheres. Primeiro porque o presidente Lula elegeu 2004 o ano da Mulher. Agora, com a nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, que realizará a 1ª Conferência Nacional de Mulheres, temos boas perspectivas de que, pela primeira vez, as questões sobre gênero tenham prioridade nas políticas do governo”, comenta a coordenadora da Comissão Estadual sobre a Mulher Trabalhadora da CUT/SP, (CEMSP), Ivania Alves Moura.
Segundo a dirigente, o principal desafio das mulheres que estão se candidatando a cargos públicos é implementar políticas que combatam à violência, a discriminação racial e no mercado de trabalho e que garantam igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. “Não basta ser mulher, tem que ser comprometida com as questões sociais”, adverte.
Programação
Em homenagem às mulheres, a CUT/SP realizará, no dia 5 de março, na sede da Central, seminário que abordará temas de interesse das mulheres e atividades culturais e educativas. O evento é gratuito e aberto ao público.
No dia 8, ocorrerá o tradicional ato de rua, a partir das 11h, na praça Ramos de Azevedo, na Sé, em conjunto com os sindicatos cutistas, movimentos de mulheres, partidos políticos do campo democrático popular e ONGs. As principais bandeiras serão: contra a violência e discriminação, mais empregos, reforma agrária, saúde entre outras. Também acontecerão atividades em todas as 17 Subsedes da CUT em todo o Estado.
Está programado durante o Ato a realização de uma dramatização da fábrica de Chicago, que mostrará à população porque 8 março transformou-se no Dia Internacional da Mulher. A história começou em 1857 quando 129 operárias de uma fábrica de Cotton fizeram greve, em 8 de março, exigindo melhores condições de trabalho e uma jornada de trabalho de 10 horas diárias. Em homenagem às tecelãs, foi decretado, durante a II Conferência de Mulheres na Dinamarca, em 1912, o Dia Internacional da Mulher.
Fonte: CUT São Paulo