Por Marcela Cornelli
A reforma da Previdência mexe com as aposentadorias de 6,8 milhões de brasileiros que trabalham ou se aposentaram no serviço público da União, dos estados e dos municípios – 3,2 milhões de inativos e 3,6 milhões de ativos.
Dos inativos, será cobrada contribuição previdenciária de 11% sobre a parcela de salário que passar de R$ 1.200 (estados e municípios) e de R$ 1.440 (União). Dos ativos, a reforma pode tirar a paridade salarial, quando eles se aposentarem (reajuste salarial idêntico para ativos e inativos). A reforma aumenta ainda em sete anos a idade para um servidor pedir aposentadoria – 55 anos para mulher e 60 para homens.
A reforma aprovada pela Câmara acaba com a paridade para quem está hoje no serviço público. O governo diz que irá conceder à paridade para quem trabalhar no mínimo 25 anos no serviço público. Essa mudança foi colocada na emenda paralela, contestada pela oposição, sob o argumento de que não há garantia de que será mesmo votada depois pelos deputados.
Outro ponto muito criticado pelos oposicionistas é a mudança na concessão de novas pensões. Haverá um corte de 30% sobre a parcela que passar de R$ 2.400 e, durante as negociações no Senado, os governistas concordaram em subir para R$ 4.800, desde que o pensionista tenha doença incapacitante. Para os outros pensionistas, continua o limite de R$ 2.400.
Fonte: Agência Senado