O fortalecimento da democracia por meio de maior participação popular no processo decisório do país é um dos cinco pontos defendidos pelos movimentos sociais para a discussão da reforma política.
A idéia é aproximar a sociedade de temas como regulamentação de plebiscitos, políticas de financiamento público de campanha e os mecanismos de diálogo nos espaços de participação e controle social.
“Queremos levar à população essa discussão e ao mesmo tempo romper a barreira quando se fala que reforma política é unicamente uma coisa que diz respeito a partidos e políticos”, disse José Antonio Moroni, da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais, um dos organizadores de um fórum que durante três dias vai discutir na Câmara a participação popular na reforma política.
“É como se a sociedade não tivesse nada a ver com isso, e tem muito a ver. Por isso colocamos no centro da nossa plataforma essa questão do poder, quem exerce, quem controla e quais são os mecanismos de controle”, explicou.
Hoje (27) ao meio dia será lançada a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política, um documento com temas para discussão do terceiro setor (ONGs) sobre a reforma política.
Para a deputada Luiza Erundina, integrante da frente parlamentar pela reforma política, o debate é uma forma de aumentar a pressão política para que o Congresso discuta o assunto. Ela disse que as ações da plataforma dos movimentos sociais não ficará restrita à discussão no Congresso.
“Vamos estimular a criação de frentes semelhantes nos estados e trazer o povo para o debate. Se não tiver controle social, a participação direta da sociedade, a lei vira letra morta. Está na hora de inverter esse quadro”.
Fonte: Agência Brasil (Priscilla Mazenotti)