Mudanças na política econômica do governo Lula passou a ser a principal bandeira do movimento social. No dia de ontem (25) os movimentos sociais realizaram atos em todo o País, no Dia Nacional de Luta Contra a Política Econômica. Ontem também foi Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural. A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) organizou os atos.
Em Brasília, na parte da manhã, os Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e os movimentos sociais reuniram cerca de 400 manifestantes em frente ao Ministério das Relações Exteriores. À tarde, os movimentos sociais protestaram em frente ao Ministério da Fazenda. Por fim, à noite foi realizado um seminário em que a CMS/DF debateu com os partidos políticos convidados (PT, PCdoB e P-Sol) a corrupção e seus efeitos no Distrito Federal e entorno.
Manifesto
No Rio de Janeiro, um grupo de economistas lançou manifesto por uma nova política econômica. O documento sintetiza as mudanças reivindicadas na área comandada por Antônio Palocci e Henrique Meirelles. O documento defende [1] a redução dos juros anuais dos 19,75% estipulados pela Selic para índices praticados nos EUA [2,5%] e o controle das taxas de juros praticadas pelos bancos, que chegam a mais de 100% ao ano; [2] a mudança da lógica do superávit primário e destinação dos R$ 80 bilhões não previstos arrecadados para políticas sociais; [3] aumento do valor do salário mínimo e das aposentadorias para R$ 454 este ano e R$ 566 em 2006; [4] bloqueio proposta de autonomia do Banco Central e auditoria na dívida externa; [5] mudança das regras de reajuste de tarifas de serviços públicos como energia, água, telecomunicações e transporte público, um dos fatores que pressiona o crescimento da inflação; e [6] proteção da riqueza nacional, com a criação de mecanismos de controle de remessa de capitais para o exterior e a paralisação das rodadas de leilões para exploração de áreas de petróleo.
Fonte: Fenajufe