Luciano Beregeno – Fotos: Joana Darc Melo/Fenajufe
Entidades que compõem a frente ampla das entidades representativas dos trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público reuniram-se na tarde desta quarta-feira (25) no Plenário V da Câmara dos Deputados, para dar continuidade ao trabalho de resistência à reforma da Previdência. Pela Fenajufe participaram os coordenadores Gerardo Lima e José Everson Nogueira, no plantão desta semana. Presença registrada ainda dos servidores do Judiciário federal Seiji Tanaka, da Assojaf/SP; Juscileide Rondon, da Fenassojaf; Joselito Bandeira, do Sindojus/PB e Rodrigo Fontenelle, também da Assojaf/SP.
O movimento, que a partir de agora passa a ser denominado como “A Previdência é Nossa”, busca a unidade entre as diversas categorias de trabalhadores para barrar a “proposta de morte” materializada pela PEC 287/16.
Dando continuidade às discussões iniciadas nas reuniões anteriores, o movimento tratou de questões como a identidade visual das campanhas e organização nos estados, como tem acontecido em diversas unidades da federação. Em São Paulo, a coalizão já realizou atividades e se movimenta junto à mesa da Câmara dos Deputados, tentando barrar a tramitação da proposta.
Outro ponto discutido é a necessidade de fortalecimento dos atos públicos através da participação das entidades comprometidas com o movimento A Previdência é Nossa. Para isso, um calendário unificado de atividades desenvolvidas pelos integrantes deverá ser divulgado no menor tempo possível.
Tema que também deu o tom dos debates foi a orientação da deputada Erika Kokay (PT/DF) quanto à necessidade urgente e imprescindível de que os membros da frente ampla discutam o teor das emendas a serem apresentadas. Conseguir as 171 assinaturas necessárias à proposição da emenda pode se tornar tarefa inviável caso as entidades não atuem imediatamente, devido ao curto espaço de tempo entre o retorno das atividades na Câmara e o prazo para apresentação das emendas. Kokay alertou quanto à possibilidade de a comissão especial para analisar a PEC 287/16 ser instaurada já em 1º de fevereiro: o governo tem pressa.
Na avaliação do coordenador Gerardo Lima, a frente tem construído maior união entre as entidades representativas dos trabalhadores. "Os trabalhos do Movimento A Previdência é nossa têm aproximado diversas entidades de trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, além dos movimentos sociais. Com isso, há uma junção de esforços de entidades grandes contra a Reforma da Previdência, viabilizando uma campanha forte para fazer o contraponto em relação aos ataques do governo federal”, analisa. E assevera: “Somente com muita união teremos condições de barrar a Reforma da Previdência e proteger os direitos dos nossos servidores e de toda a sociedade brasileira. E o Movimento tem atuado nesse sentido. Estamos esperançosos na realização de uma grande mobilização.”
Para o coordenador José Everson Nogueira, a união entre as entidades é muito positiva. “O fato de ter união é bom porque facilita na questão de custo e mostra força para a imprensa e para o próprio governo. O governo tem usado muito a televisão para defender a reforma e agora vai saber que tem um contraponto. É positivo, muito positivo”, coloca.
Os trabalhos foram encerrados logo após as discussões e nova reunião ficou acertada para esta semana ainda, em data a ser divulgada.
Em SC, os SPFs estão também se organizando coletivamente para o enfrentamento contra a reforma da Previdência.