O livro El Che en Fidel Castro: Selección temática (1959-1997) foi apresentado neste domingo (08/10), em Havana, como parte das cerimônias que lembram os 39 anos da morte do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara nas mãos do Exército boliviano.
O general cubano Harry Villegas, companheiro de Che Guevara na guerrilha boliviana, disse que o livro é um “testemunho da amizade baseada nos sentimentos e os princípios”. Durante a apresentação, no espaço cultural Sábado do Livro, na sede do Instituto Cubano do Livro (ICL), Villegas afirmou que as ambas personalidades são “símbolos do seleto grupo que se uniu para realizar a luta armada em Cuba”.
A obra, preparada pelo Instituto de História de Cuba e publicada pela Editora Política da ilha, é uma compilação de textos e testemunhos destas duas personalidades políticas. O livro inclui também registros fotográficos desde a época em que Che integrou a guerrilha da Sierra Maestra, em Cuba, até seus restos mortais serem depositados em um mausoléu na cidade central de Santa Clara, a 280 quilômetros de Havana.
Ernesto Guevara (1928-1967) conheceu o presidente cubano, Fidel Castro, no México em 1956, quando se uniu à expedição armada que viajou à ilha e derrubou a ditadura de Fulgencio Batista. Nos primeiros anos da revolução que chegou ao poder em Cuba 1º de janeiro de 1959, Che Guevara recebeu a nacionalidade cubana pelos serviços prestados à causa revolucionária na ilha, foi nomeado presidente do Banco Nacional e mais tarde ministro de Indústria.
Sua idéia de levar a revolução à América Latina o levou à Bolívia em 1966, onde foi capturado pelo Exército, no dia 8 de outubro de 1967, após comandar um grupo insurgente durante quase um ano e falhar em sua tentativa de criar um foco guerrilheiro no país.
Os militares bolivianos o conduziram a uma escola na aldeia de La Higuera, onde foi executado no dia seguinte – e enterrado depois na localidade de Vallegrande. Os restos de Che Guevara foram encontrados em junho de 1997 por uma expedição formada por analistas cubanos e argentinos em uma vala comum junto a outros seis guerrilheiros. Um mês depois, todos foram transferidos a Cuba.
Fonte: Portal Vermelho, com agências de notícias