Na semana em que a Polícia Federal desvendou o assassinato de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), o grupo móvel de fiscalização da pasta, unidade similar a dos servidores mortos, visitou 18 fazendas e descobriu que a situação na região não mudou. Nenhuma das propriedades resistiu incólume à fiscalização. Todas foram autuadas e 72 autos de infração lavrados. Só a família Mânica, da qual faz parte o fazendeiro suspeito de encomendar a morte dos auditores, foi alvo de 27 autuações.
A despeito das reclamações dos fazendeiros da região, a fiscalização de irregularidades trabalhistas em Unaí foi triplicada depois da morte, em janeiro, dos fiscais e do motorista que percorriam a região em busca de flagrantes de irregularidades na exploração de mão-de-obra. Na operação que começou no dia 23 e terminou na sexta-feira, a maioria dos autos foi aplicada por desrespeito às normas de saúde e segurança nas lavouras e em carvoarias da região. (Fonte: Clipping da CUT)