Por Imprensa
A Conferência Nacional Terra e Água, que, segundo os organizadores, reuniu cerca de 9 mil trabalhadores de diferentes movimentos sociais, encerra-se na tarde desta quarta-feira, em Brasília. Ao término do encontro, os militantes dos 45 grupos que integram o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo produzirão um documento que será entregue ao presidente Lula. O manifesto com as reivindicações dos movimentos deve enfocar, principalmente, a questão da posse da terra e do uso dos recursos hídricos.
À tarde, em entrevista coletiva, João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Sem-terra, Gilberto Portes, do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, e representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), farão um balanço dos três dias do evento. Neste momento, a previsão é que já tenham discutido o conteúdo do documento a ser entregue ao presidente. A avaliação dos movimentos em relação ao evento é positiva, tendo em vista a conquista da atuação unificada destes grupos sociais.
Durante o encontro, diversas faixas pregadas pelo gradil do ginásio manifestavam a posição crítica dos movimentos em relação à política econômica e agrária do governo federal. Entre elas: “Fora superávit primário”, Auditoria da Dívida Externa”, “Emprego para Todos”, “Trabalhadores exigem a realização imediata da Reforma Agrária”, “Não queremos esmola e sim condições e terra para trabalhar”.
No meio delas também havia um recado para o presidente Lula, aguardado durante a manhã: “Lula, se você quiser fazer uma grande obra no seu governo, não faça a transposição do Rio São Francisco. Faça a Reforma Agrária no semi-árido do nordeste brasileiro”.
Fonte: Agência Brasil